Líder religioso é preso por suspeita de abusos sexuais

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos contra um homem, de 41 anos, suspeito pelo crime de estupro de vulnerável, cometido contra a enteada, atualmente com 15 anos. As ordens judiciais foram cumpridas na última sexta-feira (11/2/2022), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante a ação, policiais apreenderam celulares, que foram encaminhados para análise pericial.

As investigações, coordenadas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Betim, iniciaram após o registro realizado por familiares da vítima relatando os abusos sofridos pela adolescente desde que ela tinha 6 anos. Durante declarações, o suspeito confirmou apenas que teria filmado a enteada, negando os outros abusos.

O homem será indiciado pelo crime previsto no artigo 217-A, c/c artigo 226, II, do Código Penal, bem como no artigo 240, §2º, II, do Estatuto da Criança e Adolescente. Já a mãe da vítima, também investigada pela PCMG, poderá responder pelos delitos na modalidade omissiva. As investigações continuam, visando averiguar se existem outras vítimas de abuso por parte do suspeito, que é líder religioso em algumas igrejas da cidade.

Crime reiterado

Aos policiais, a vítima contou que, desde pequena, o padrasto passava a mão no corpo dela, mostrava filmes pornográficos, praticava sexo oral, entre outros atos libidinosos. Ainda segundo a adolescente, o suspeito dava dinheiro para que ela não contasse a ninguém sobre os abusos, que ocorreram até o ano passado, quando a jovem teve coragem de romper com o ciclo de violência. O homem teria então feito um buraco na parede do banheiro para filmar a enteada nua. Ao perceber a manobra, a jovem também filmou a ação do padrasto e mostrou o vídeo para a mãe, que preferiu acreditar no marido.

Em dezembro de 2021, o namorado da adolescente decidiu ligar para um tio dela e contar sobre os abusos cometidos pelo suspeito. Esse tio procurou então a mãe da menina, que afirmou que a filha mentia, pois estava com demônio no corpo. Já o suspeito, após ver as imagens gravadas pela adolescente, confessou o delito e alegou que seria uma “fraqueza da carne”.

Após serem confrontados, o suspeito e a mãe da vítima ainda tentaram persuadir os familiares a não denunciarem o crime, inclusive abririam mão da guarda da vítima, desde que os fatos não fossem levados ao conhecimento da polícia.

Segundo depoimentos, a vítima apresentava mudança de comportamento, como isolamento e tristeza excessiva. A adolescente está sob os cuidados dos tios maternos desde a descoberta dos fatos.

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