Belo Horizonte não tem mais leitos de UTI para pacientes com Covid-19

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Repetindo o cenário caótico no qual mergulhou a rede particular de saúde à última quarta-feira, o sistema público de Belo Horizonte ultrapassou o índice total de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) direcionados para o tratamento de pacientes com Covid-19. Agora, não há mais leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada. A informação do colapso no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital mineira foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-BH) em boletim epidemiológico publicado no final da tarde de segunda-feira (22/3/2021).

O documento revela que a taxa de ocupação de UTI Covid-19 na rede pública é, hoje, 101,4% – significa que não há mais leitos entre os 444 preparados para receber infectados com o coronavírus. A situação é alarmante também em hospitais da rede suplementar de saúde de Belo Horizonte, e, de acordo com dados dispostos no levantamento, ocupação total dos leitos de UTI nas unidades particulares é de 114,4%. Somados os leitos particulares e públicos pode-se falar em taxa total de 107,3%, o que representa 819 leitos de UTI ocupados entre os 819 existentes para cuidados com infectados. Números referem-se aos 44 hospitais das redes SUS e suplementar, e estatísticas foram contabilizadas no domingo (21).

Em relação à disponibilidade nas enfermarias da capital mineira, o Censo de Internações Hospitalares indicou nesta segunda-feira que a ocupação de leitos dedicados a tratamento do coronavírus no SUS gira em torno de 75,8%. Por outro lado, na rede particular, indicador chegou a 107,6% no domingo (21). Somados os leitos indisponíveis nas redes pública e privada, taxa de ocupação na enfermaria Covid-19 está em 87,9%. Indicador, como o referente às UTIs, atingiu índice vermelho. O número de transmissão por infectado (RT) em Belo Horizonte está, hoje, no amarelo com 1,17. Índice significa na prática que a cada cem moradores de BH infectados com o coronavírus, outros 117 também adoecem. Indicador atingiu 1,22 na sexta-feira (19).

Cenário em BH

Balanço também indica que foram 132.201 os moradores de Belo Horizonte infectados com o coronavírus entre março do ano passado e esta segunda-feira (22/3/2021). No período, 3.020 não resistiram às complicações da doença e morreram. Até hoje, 193.400 pessoas foram imunizadas na cidade com a primeira dose – 78.199 já receberam a segunda dose da vacina.

Nota da PBH

Diante do aumento significativo na procura por atendimento nas unidades de saúde do município, a Prefeitura de Belo Horizonte definiu novas estratégias para ampliar a assistência à população. Entre as principais ações estão:

– A criação de unidades de atendimento 24h não-Covid para apoiar os trabalhos nas UPAs. Cada regional da cidade terá uma unidade, que vai funcionar na sede de um Centro de Saúde, atendendo os casos de baixa e média complexidade NÃO respiratórios. As UPAS permanecem com os casos respiratórios, pediatria e trauma. A expectativa é que até o fim da semana as unidades estejam prontas.

– Abertura do Cecovid-19 Norte, em funcionamento desde sábado (20) na UPA Norte, todos os dias, 24 horas. Conta com oito leitos de observação, uma unidade de decisão clínica e 10 leitos de emergência.

– Aquisição de 42 mil testes rápidos de antígeno para agilizar o diagnóstico e a admissão dos pacientes que estão nas UPAs aguardando vaga hospitalar.

– Ampliação de oferta de teleconsulta Covid-19 para 400 vagas diárias, a partir desta terça-feira (23). O agendamento é por meio do portal da Prefeitura ou o PBH APP.

– O processo de transformação do Hospital do Barreiro para atendimento exclusivo Covid, já resultou na ampliação de leitos na unidade. Dos atuais 528, 60 já são CTIs Covid e 228 enfermarias Covid. Eram 40 CTIs e 154 enfermarias.

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