A TERAPIA DOS ALIMENTOS

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Vivemos em um tempo onde tudo é corrido e em alta velocidade. Há algumas décadas atrás nos comunicávamos apenas por telefones fixos e cartas e hoje observamos pelas ruas pessoas com dois, três telefones celulares, cada um com dois, três e até mesmo quatro chips. E os e-mails? Inúmeras mensagens diárias sobrecarregando as caixas postais. Adiciona-se a isto tudo o WhatsApp e as redes sociais. Vivemos o corre-corre do dia a dia, comemos em restaurantes de comida pronta, fazemos lanches rápidos e, para casa, vamos ao supermercado comprar o que precisamos. Reclamamos dos preços, mas não tem escapatória: compramos acreditando que aquele alimento é saudável, sem agrotóxicos e que foi manipulado de forma adequada. Mas, quem garante?

Os maiores riscos de contaminação e comprometimento da qualidade estão nos produtos chamados olerícolas, ou como podemos dizer em uma linguagem mais simples, nas verduras e legumes. São espécies muito sensíveis aos fatores ambientais: se chove muito, é um problema, se chove pouco também. Se venta muito é um problema, se o sol está forte também. Após estas adversidades o produtor tem que transportar e vender rapidamente, pois estragam facilmente, com aspecto ruim, e o consumidor não compra.

Muitos não sabem mas aquele vaso de planta que você tem em casa que está abandonado em um canto, com as plantas secas ou de aspecto desagradável, apresenta um potencial para produção de alimentos que você nem imagina. Aquele tomate cereja, por exemplo, pequeno e de aspecto agradável, extremamente saboroso em saladas, que você comprou embalado no supermercado, mas de preço salgado, pode ser seu de forma quase gratuita, com fornecimento contínuo de frutos durante meses, até mesmo com excedente para distribuição aos amigos, vizinhos e parentes e o melhor; com a garantia do produtor de que foi produzido sem agrotóxicos e que foi cultivado com prazer e carinho: a sua garantia.

Adquira um pouco de húmus, facilmente encontrado nos mercados a um preço muito baixo, misture na terra dos vasos e coloque algumas sementes do tomate cereja. Cuide para que não falte água e pronto! Você verá de que estas plantas são capazes, do seu potencial de produção. O mesmo vale para o pimentão, pimenta, couve dentre outras.

Você verá na prática o potencial de produção destas plantas, além de apresentarem um grande potencial estético com flores e frutos muito vistosos e que alegram o ambiente tanto quanto qualquer planta ornamental.

Esta atividade também contribui na educação das crianças. Coloque-as para ajudar no cultivo, nos cuidados das plantas e principalmente na colheita. Elas participarão das atividades com prazer além de aprender sobre a origem dos alimentos e das questões ambientais. Você poderá conseguir, até mesmo, mudar os hábitos alimentares delas tornando-os mais saudáveis.

Cultive em seu vaso ou jardim juntamente com suas plantas ornamentais, plantas comestíveis. Você terá alimentos frescos todos os dias em sua mesa, sem gastar um centavo e com a melhor garantia de qualidade: a sua.

Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?

– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;

– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br

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