Se você responde: Eles mesmos!

Esteja certo, então, que por esta simples ação, você estará contribuindo para a conquista da autonomia e independência da sua criança.

Por ser mãe também. Mãe sem a oportunidade da dádiva de poder ficar em casa para cuidar das crianças que também tive o orgulho da maternidade, porque trabalhei a maior parte do tempo que poderia ter dedicado a elas, passei pela fase do cansaço, do pouco tempo… e por consequência destas questões, sei que tendemos a optar pelo mais prático. Que neste caso é o automatismo de solucionar o mais rápido possível, o “problema”. Como?

Comprando sapatos sem cadarço; amarrando os cadarços para as crianças quando elas pedem; instruindo-as à pedir para um adulto amarrar quando precisar… todas estas atitudes fazem com que a criança perca a oportunidade de desenvolver a habilidade de amarrar, sozinha, o cadarço do seu tênis.

Muitos poderão dizer: “mas vai demorar muito”; “ela terá dificuldades” …

Sim, ela terá dificuldade e vai demorar sim. E isto é formidável para o desenvolvimento da criança. A criança precisa ter contato com estas dificuldades para compreender, por exemplo, que nem sempre conseguimos resolver, de imediato, as questões que nos aparecerem, a nos desafiar.

Ela estará tendo oportunidade também, de desenvolver a coordenação motora que contribuirá para o aprimoramento intelectual e cognitivo.

Portanto, atribuir a terceiros esta atividade, prejudicará a criança não só no comportamento que indicará caminhos para que ela se torne cada vez mais dependente, assim como a prejudicará também, no processo de aprendizagem e desenvolvimento.

O ideal é que esta aprendizagem seja prazerosa, oportunizando à criança momento de segurança e garantia de seu tempo para que aprenda. Compreendendo que ela pode receber ajuda, orientação, dicas, possíveis estratégias de acordo com a habilidade e capacidade dela, de acordo com a idade em que estiver, mas que seja de forma a incentivá-la conseguir, do jeito dela, até que se transforme num hábito simples e eficaz.

A criança é capaz, se estimulada. No entanto, ela perderá o desejo de aprender se todos sempre fizerem tudo para ela e, principalmente, se perderem a paciência porque ela está demorando ou não consegue.

O aprender requer tempo, jeito, paciência, dedicação e, sobretudo, afeto no contato. Quando a criança conta com estes detalhes importantes ela aprende de forma tranquila e se tornará independente, segura e realizada. Capaz de se tornar um adulto consciente, solidário e autônomo.

Quem é Marli Andrade?

Marli Andrade é Psicanalista e Psicopedagoga, Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kennedy em Buenos Aires, defendendo a tese: “A influência da subjetividade nas interações profissionais”.

Autora de Literatura Infantojuvenil com o propósito de contribuir para que as crianças cresçam com equilíbrio emocional, autoestima e habilidades para interações intra e interpessoal tranquila e eficiente.

Escritora do livro “Primeiro você sonha, depois você dorme”, catalogado pela Câmara Nacional do Livro, sob o catálogo sistemático: Autoconhecimento, Comportamento social, Conduta de vida, Equilíbrio (Psicologia), Inconsciente, Realização pessoal, Relações interpessoais, Sonhos e Sucesso profissional.

Atua com palestras e treinamentos em instituições públicas e privadas, disponibilizando técnicas para que cada participante possa construir suas próprias estratégias para a gestão intra e interpessoal.