A SOCIEDADE QUE EU, EDUCADORA, AJUDEI CONSTRUIR

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“Como assim? Eu não contribui para a sociedade ter se transformado neste imenso desequilíbrio. Não, eu não!” Você pode me dizer assim. Mas preciso lhe dizer: Sim! Todos contribuímos. A sociedade é formada por nossos filhos e alunos que inserimos nela. Não o contrário.

Precisamos ter a consciência de que a criança tem apenas dois espaços formadores, antes de chegar à sociedade: a família e a escola. Elas deveriam sair deles, ou seja, serem inseridas na sociedade, com os valores, comportamento e costumes que desejamos que a sociedade tenha.

Portanto, enquanto existir pessoas jogando lixo no chão, desrespeitando os espaços coletivos, se envolvendo com drogas e situações degradadoras, nós, pais e educadores escolares, estaremos falhando.

Afinal, aprender não quer dizer adquirir apenas novos conhecimentos, mas adquirir comportamentos para a promoção da qualidade de vida pessoal e coletiva.



Precisamos, urgentemente, de uma revolução silenciosa. Acreditamos que ela se dará apenas por meio das salas de aulas, sobretudo com crianças de 0 a 10 anos. Se cada educador compreender que é nesta fase que ocorrem as maiores possibilidades de aprendizagem em razão das janelas de oportunidades, ele escutará mais o aluno, conversará mais com a turma e entenderá que a função social da escola é que levará ao alcance dos objetivos do currículo, e não o contrário.

O educador de crianças com idade de 0 a 10 é um dos mais privilegiados. Ele tem o direito de passar 04 horas de seu dia com o público mais puro, sincero, alegre, sonhador e amoroso. No entanto, muitos que atuam com crianças de 0 a 5 anos pensam que as crianças não sabem ou não entendem nada. E muitos que atuam com crianças de 6 a 10 anos usam a temerosa frase: “Agora acabou a brincadeira da educação infantil. Aqui você terá que estudar”, como se estudar fosse uma tortura e, o pior, que a infância acabou.

Muitos, inconscientemente, sem perceberem, preferem levar para dentro da sala de aula a desesperança, a desmotivação, o estresse da sociedade, a assimilar para si tudo o que as crianças podem oferecer. Quem “vive” a sala de aula com crianças de 0 a 10 anos, e não apenas “dá aula”, é mais feliz, bonito, colorido, amoroso e verdadeiramente promove uma educação de qualidade.

“A sociedade está vulnerável às drogas por falta de sonhos.
Quanto mais utopia, menos droga.”
Frei Betto


Quem é Marli Andrade?

Marli Andrade é Psicanalista e Psicopedagoga, Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kennedy em Buenos Aires, defendendo a tese: “A influência da subjetividade nas interações profissionais”.

Autora de Literatura Infantojuvenil com o propósito de contribuir para que as crianças cresçam com equilíbrio emocional, autoestima e habilidades para interações intra e interpessoal tranquila e eficiente.

Escritora do livro “Primeiro você sonha, depois você dorme”, catalogado pela Câmara Nacional do Livro, sob o catálogo sistemático: Autoconhecimento, Comportamento social, Conduta de vida, Equilíbrio (Psicologia), Inconsciente, Realização pessoal, Relações interpessoais, Sonhos e Sucesso profissional.

Atua com palestras e treinamentos em instituições públicas e privadas, disponibilizando técnicas para que cada participante possa construir suas próprias estratégias para a gestão intra e interpessoal.

Marli Andrade
Psicanalista e Psicopedagoga
Doutoranda em Psicologia Social
Autora de Literatura Infanto Juvenil
Site: www.marliandrade.com.br

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